Fabio Mariano Cruz Pereira

Memória gráfica: o uso de artefatos gráficos nos estudos de história do design

DOI 10.52050/9788579176753.14

Os três ensaios que dão corpo a este capítulo destacam a relação da memória gráfica com aspectos da cultura material, uma vez que analisam antigos conjuntos de artefatos impressos, considerando os aspectos da história gráfica ao buscar compreender a produção desses artefatos e suas relações sociais, em contextos que, em alguns casos, antecedem à consolidação do campo do design no Brasil. A conformação da memória gráfica tem sido pautada por um conjunto de pesquisas que envolvem primordialmente a investigação e a reflexão sobre artefatos gráficos do passado. Tais pesquisas, predominantemente conduzidas por designers, estão intrinsecamente vinculadas às preocupações inerentes ao design (concepção e produção) desses artefatos. Parte delas foi compilada na forma de ensaios em uma importante publicação organizada pelos professores e designers Priscila Lena Farias e Marcos da Costa Braga (2018). Para os autores, a memória gráfica ainda não pode ser considerada um campo autônomo de investigação, mas, sim, uma vertente das pesquisas em história do design gráfico, dividindo interesses e métodos com outros campos de estudo, como a cultura visual, a cultura da impressão, a cultura material, a memória coletiva e a própria história do design gráfico.

Ensaios em design: diálogos e experiências