Palavra-chave: Design Editorial
Velhas lembranças, memórias de vida
A presente pesquisa teve por objetivo investigar questões acerca das memórias, lembranças e relatos orais de idosos abrigados na Vila Vicentina em Bauru, cidade localizada no interior do estado de São Paulo. O resultado foi o de um livro reunindo reflexões teóricas e produção imagética (fotográfica) e iconográfica. Para tal, fez-se necessário reunir saberes interdisciplinares fundamentais para o processo metodológico. Optou-se pela Cartografia, como forma descritiva, tal como proposto pela psicóloga Suely Rolnik, no sentido de considerar questões no campo do sensível. Também, a Teoria do Ator Rede proposta pelo sociólogo Bruno Latour, a fim de colocar em cena visibilidades e invisibilidades.
Design editorial contemporâneo na ação estética e política
O design editorial contemporâneo brasileiro incorporou nos últimos anos mudanças advindas de um novo cenário constituído pela exposição, divulgação e comercialização nas chamadas feiras de livros de artista, de auto publicação ou de publicação independente que passaram a reunir profissionais de áreas como a arte, o design e a literatura com criações gráficas e editoriais na contramão dos processos industriais e de alta demanda assumindo os procedimentos artesanais em peças, objetos e produtos demarcados pela autoria individual ou coletiva marcados pela experimentação, miscigenação de linguagens, peças únicas ou em pequena tiragem que exploram a expressividade, o simbólico, as memórias, as subjetividades que se mesclam a ações sócio políticas e influenciam ou colocam-se como desafios na esfera da educação em design.
De Eisner a McCloud: uma análise dos elementos da linguagem visual nos quadrinhos contemporâneos
Quando observamos o sistema simbólico desenvolvido ao longo dos séculos para as histórias em quadrinhos, percebemos que, desde o início, alguns elementos eram representados de forma a preencher qualquer tipo de dúvida que existisse por parte do leitor. Só para explicitar o nível de complexidade que as histórias em quadrinhos desenvolveram ao longo desses três séculos, podemos citar o caso dos balões de fala. Seu formato, tipo de linha, tipografia e toda uma sorte de elementos definem as nuances da informação.
Ilustração de livro infantil: design contribuindo no seu processo de realização
Com o surgimento de novos recursos de produção gráfica, em especial o digital, percebe que criou-se a necessidade de maior atenção e planejamento para a execução de ilustração para livro infantil. As transformações ocorreram e não é possível mais negar que, para obter um bom resultado hoje, é necessário ter controle de todos os aspectos da produção. Para tanto, um trabalho apoiado nos princípios do design pode contribuir também para controlar e otimizar a realização da ilustração de livro infantil.
Produção gráfica: sistemas de reprodução às linguagens digitais
Sempre fui apaixonada pela história das coisas que me fascinam. Perceber as relações entre os fatos, entre o passado e o hoje, acompanhar as mudanças, os revivals. Essas histórias ajudam a fazer e a entender o design contemporâneo, onde não se descarta a informação passada, mas muitas vezes se recicla, transforma, redesenha, reorganiza. Uma das minhas fascinações são as artes gráficas. Comecei fazendo pastups aos 15 anos, muita fotocomposição, cola, réguas e esquadros, canetas-nanquim, estiletes, letraset. A imagem traduzida em pontos, fios e traços. Hoje leciono produção gráfica e projeto e nenhuma turma de alunos “escapa” das minhas aulas de “história”… História coletada aqui e ali, nos livros, na experiência didática, registrada em slides, transparências, ppt, pdf, disseminada em apostilas fotocopiadas, arquivos em CD, postagem na Net e agora – finalmente – publicada em livro, o primeiro produto gráfico reproduzido por Gutemberg!
Pré-livro: projeto experimental para designers em formação
Livro e design, essas palavras me acompanham. Nos meus tempos de aluna do curso de design – então chamado Desenho Industrial, habilitação em Programação Visual – em meio a identidades visuais, sinalizações, cartazes e muito desenho técnico, fiz um trabalho bem diferente, experimental: um pré-livro, onde além de papel, usei algumas sucatas, botões e… gel para cabelo! Foi um exercício inspirado nos projetos de Bruno Munari, cuja importância para a história e teorias do design são inegáveis. Tempos depois estava eu diante da tarefa de ministrar a mesma disciplina aos meu próprios alunos, na mesma universidade, a Unesp de Bauru.
Livro e design: convergências no livro infantil
Abordarei nas próximas páginas algumas questões pertinentes a dois universos: livros e design. Estes temas já me acompanham em pesquisa, produção e experimentação desde 1995, quando passei a integrar o corpo docente do Departamento de Desenho Industrial da Unesp, campus de Bauru (hoje Departamento de Design). Minhas primeiras fontes de pesquisa foram as experiências com os pré-livros realizadas junto aos alunos dos cursos de Design ao longo de anos, riquíssimas, já registradas em artigos. Posteriormente desenvolvi trabalhos na área editorial, como capas e projetos gráficos para livros e publicações periódicas, que aumentaram meu constante interesse pelo assunto.