Este capítulo busca apresentar um recorte de pesquisa FAPESP, intitulada: “Aplicação de conceitos de eco design no desenvolvimento de mobiliário com madeira de reflorestamento”. O estudo corresponde a aplicação e análise de princípios do eco design associados a técnicas de movelaria industrial. Estes aspectos buscam construir um prisma de pesquisa capaz de sustentar um estudo prático relativo a sustentabilidade industrial, compreendendo os fatores relativos ao contexto do design de mobiliário e o desenvolvimento de produtos e processos de produção “mais” sustentáveis. Este capítulo apresenta o referencial teórico, a metodologia e os resultados das atividades de pesquisa, com especial foco no desenvolvimento de três protótipos do Modelo Cadeira Tabique SB (sem braço), estes protótipos representam o objeto com mais elementos qualificadores capazes de serem medidos pela metodologia tanto prática como teórica, representando o cerne da pesquisa em questão. Salienta-se que foi organizado de maneira sistemática, compreendendo toda a fase de pesquisa de similares (Benchmark), produção de alternativas (Sketches), Modelagem Virtual (3D), Detalhamento executivo e Prototipagem.

Em diversas áreas da ciência contemporânea a busca por soluções sustentáveis se tornou uma constante, um requisito para o desenvolvimento de materiais, projetos, tecnologia e processos produtivos. Neste contexto, a joalheria contemporânea surge do pensamento sobre joias sedimentado na criatividade e originalidade, traduzido em peças criadas a partir da utilização ou não de materiais preciosos, de uma nova leitura para o significado da joia.

Este estudo apresenta a experiência didática-metodológica junto à disciplina “Design e Sustentabilidade”, do curso em Design da FAAC/UNESP – campus de Bauru. A metodologia visou promover o desenvolvimento de projeto e o processo produtivo experimental de produtos com ênfase na aplicação de conceitos de sustentabilidade nas suas dimensões social, ambiental e econômica. Para isto, o procedimento metodológico aplicado durante o processo de geração de novos produtos, buscou como fundamento principal, a realização efetiva de um design participativo em parceria com duas comunidades de Bauru e região.

Desde 2007 o Labsol desenvolve trabalhos que envolvem a ação conjunta entre o Patrimônio Cultural do Artesanato e o Design, tendo como base conceitual a sustentabilidade, a economia solidária e o ecodesign, objetivando a geração de trabalho e renda, afim de promover a auto sustentabilidade de grupos produtores de artefatos.

Este artigo tem como objetivo apresentar a atividade projetiva e o processo de produção de um protótipo de mobiliário de uso público denominado “Banco W”, que será implantado nas áreas de lazer da Estação Experimental de Bauru (EEB), pertencente ao Instituto Florestal do Estado de São Paulo, Brasil. A ênfase do trabalho é demonstrar a aplicação de conceitos do design sustentável no projeto do produto e apresentar os indicadores de sustentabilidade coletados nas etapas de produção do mobiliário elaborado com madeira de reflorestamento.

Este texto relata a experiência didática no desenvolvimento do design de produtos com ênfase na aplicação de conceitos de sustentabilidade junto à disciplina “Design e Sustentabilidade” do curso de graduação em Design da FAAC /UNESP – campus de Bauru. A metodologia da disciplina procurou enfatizar a concepção do projeto executivo e a realização do processo de produção de protótipos elaborados com produtos de base florestal e materiais de fontes renováveis.

A partir do século XX, notadamente após a denominada “crise do petróleo”, despertou-se a consciência em relação à escassez de matérias-primas e a significativa redução dos recursos naturais do Planeta Terra. Junta-se a isto o conhecimento público em relação aos problemas ambientais causados pela desenfreada e gananciosa produção industrial, como, por exemplo, o aumento do buraco na camada de ozônio e o aquecimento global. Deu-se, então, início a mobilização da opinião pública mundial a favor da preferência pela utilização de recursos renováveis, do melhor aproveitamento e da preservação dos não-renováveis e da reciclagem de materiais e resíduos, o que se denomina sustentabilidade.