Cassia Leticia Carrara Domiciano
Tipografia inclusiva e linguagem simples: conteúdo textual em materiais gráficos para a saúde
Materiais gráficos inclusivos na área da saúde têm como objetivo educar e comunicar aos pacientes, de maneira simples e direta, sobre uma condição clínica ou tratamento. Compostos pela integração entre conteúdo textual e gráfico, esses materiais devem conciliar representações pictóricas das instruções em saúde com pouca quantidade de texto. Contudo, frequentemente apresentam linguagem muito complexa, o que os torna ineficazes e excludentes. Quando bem elaborados, porém, são agentes de promoção de bem-estar e autonomia desses indivíduos.
Percepção visual na dislexia: avaliação de tipografias com o uso de “eye tracker”
A leitura é uma das ações indispensáveis para a vida em sociedade. Ler e escrever são capacidades que garantem ao indivíduo autonomia e o livre acesso à cultura e à informação. Esse processo de natureza complexa é dependente de vários fatores, como neurológicos, cognitivos, sensoriais, psicológicos, linguísticos, sociais, pedagógicos e também estéticos.
Design universal, design inclusivo e design para todos: termos e usos na pesquisa brasileira
As questões de terminologia e definições são sempre relevantes e, em alguns casos, também complexas e cheias de história. É o caso dos termos “design inclusivo”, “design universal” e “design para todos”. Empregados em épocas e lugares diferentes, seu uso se espalhou pelo mundo e há controvérsias quanto à uniformidade de significado entre eles. Assim, apresentamos neste capítulo, além de uma discussão à respeito, o perfil das pesquisas de pós-graduação no Brasil que abordam os termos.
Design sem barreiras: discussão-ação em Design Gráfico Inclusivo
A discussão de temas como inclusão e acessibilidade tem crescido dentro da área do design nos últimos anos. A tendência é que se desenvolvam cada vez mais projetos centrados no usuário, levando em consideração a pluralidade humana e uma especial atenção aos que porventura sejam deficientes, incapacitados ou estejam em desvantagem por determinado contexto físico ou social. Para que tais mudanças tenham embasamentos sólidos e sejam cada vez mais positivas para a sociedade, é imprescindível a prática de pesquisa e investigação aplicadas às mais diversas áreas do design, inclusive a do design gráfico.
Design para pessoas: o caráter social e inclusivo do design gráfico por meio de experiências em pesquisa e projetos
Design. Inúmeras foram as páginas e bits dedicados para defini-lo. Na verdade, a multiplicidade de conceitos, palavras, áreas de atuação, metodologias e ferramentas refletem a pluralidade de possibilidades que o design oferece, não só na solução de problemas do dia a dia mas, também, na intervenção em questões relevantes na sociedade onde atua. Neste texto procuramos pensar – dentre as variadas disciplinas envolvidas no design gráfico, seu ensino e ação – sobre o papel do design como agente de inclusão no mais amplo sentido da palavra, seja esta social, cognitiva ou física. Um design que faz diferente e que faz diferença na vida das pessoas.
Design gráfico contemporâneo. Estudo de caso: produção discente da UNESP
O design gráfico é uma área de estudos e atuação vibrante e dinâmica, pois reflete a produção cultural e visual do seu tempo. Hoje já encontramos diversas pesquisas voltadas para o delineamento e crítica de um design gráfico contemporâneo, configurado a partir da própria história do design e seu desenrolar em novas disciplinas, novas relações e novos saberes.
Dinâmicas e relações na pesquisa em design contemporâneo. Grupo de Pesquisa em Design Contemporâneo: sistemas, objetos e cultura
Sabemos que um dos pilares de uma universidade e da atuação docente em nível superior é a pesquisa. É a pesquisa que amplia e nutre as relações com o desenvolvimento do ensino, da formação e da extensão. Por sua vez, são as atividades de ensino e de extensão que nos desafiam no dia-a-dia da universidade e nos impelem à busca e ao aprofundamento na pesquisa, tendo em vista o acompanhamento, atualizações, ampliação e desenvolvimento na área do Design, especialmente, mas também por meio dos diálogos estabelecidos com as áreas correlatas ao design.
Ensino, pesquisa e extensão em design: conexões
As mídias estão cada vez mais integradas na transmissão de mensagens e informações. Assim, os projetos de design também se relacionam com as ações de comunicação mais abrangentes, tornando crescente a importância das relações multidisciplinares, da diversidade de ideias e variedade de soluções que o trabalho em equipe realiza. Esta tem sido a experiência que o Laboratório de Design Gráfico Inky Design vem proporcionando a professores e alunos do curso de Design da Unesp de Bauru e que registramos neste capítulo.
Produção gráfica: sistemas de reprodução às linguagens digitais
Sempre fui apaixonada pela história das coisas que me fascinam. Perceber as relações entre os fatos, entre o passado e o hoje, acompanhar as mudanças, os revivals. Essas histórias ajudam a fazer e a entender o design contemporâneo, onde não se descarta a informação passada, mas muitas vezes se recicla, transforma, redesenha, reorganiza. Uma das minhas fascinações são as artes gráficas. Comecei fazendo pastups aos 15 anos, muita fotocomposição, cola, réguas e esquadros, canetas-nanquim, estiletes, letraset. A imagem traduzida em pontos, fios e traços. Hoje leciono produção gráfica e projeto e nenhuma turma de alunos “escapa” das minhas aulas de “história”… História coletada aqui e ali, nos livros, na experiência didática, registrada em slides, transparências, ppt, pdf, disseminada em apostilas fotocopiadas, arquivos em CD, postagem na Net e agora – finalmente – publicada em livro, o primeiro produto gráfico reproduzido por Gutemberg!
Pré-livro: projeto experimental para designers em formação
Livro e design, essas palavras me acompanham. Nos meus tempos de aluna do curso de design – então chamado Desenho Industrial, habilitação em Programação Visual – em meio a identidades visuais, sinalizações, cartazes e muito desenho técnico, fiz um trabalho bem diferente, experimental: um pré-livro, onde além de papel, usei algumas sucatas, botões e… gel para cabelo! Foi um exercício inspirado nos projetos de Bruno Munari, cuja importância para a história e teorias do design são inegáveis. Tempos depois estava eu diante da tarefa de ministrar a mesma disciplina aos meu próprios alunos, na mesma universidade, a Unesp de Bauru.