Fernanda Henriques
Deu Dengo! Interface digital para aplicativo de relacionamento entre pessoas negras
Este capítulo visa mostrar o desenvolvimento da interface de um aplicativo de relacionamento voltado para pessoas negras, o objetivo é que esse aplicativo funcione como uma extensão do grupo do Facebook Afrodengo, criado por Lorena Ifé, em 2017. Como fundamentação teórica também foi realizada uma revisão bibliográfica acerca dos temas que discorrem sobre afetividade negra, autoestima e relacionamentos românticos, um paralelo entre o footing e os aplicativos de relacionamento, e por último, uma correlação entre os Clubes Sociais Negros e o grupo Afrodengo.
Adélia Borges, Doutora Honoris Causa, Design FAAC – UNESP, 2021: reconhecimento e valorização do design brasileiro
Este capítulo é singular em vários aspectos. Primeiro porque ele registra uma importante realização na história do curso de Design da UNESP e do Design Brasileiro. Segundo porque envolve várias comemorações registradas como a primeira vez que ocorrem no cenário da FAAC e no campo do Design Brasileiro. A autoria é coletiva, três cabeças pensantes e seis mãos, mas isso se dá de diferentes maneiras. A primeira parte, que é composta por três subtítulos, tem as palavras e a escrita das professoras Fernanda e Mônica. A segunda parte, os discursos, de autoria individual, traz, assim, a assinatura de cada uma das três autoras que compuseram o texto. Porém, a discussão de todos os textos foi permeada por intensa troca de ideias, de leituras, de sugestões, de integração e de inter-relações.
Tipografia inclusiva e linguagem simples: conteúdo textual em materiais gráficos para a saúde
Materiais gráficos inclusivos na área da saúde têm como objetivo educar e comunicar aos pacientes, de maneira simples e direta, sobre uma condição clínica ou tratamento. Compostos pela integração entre conteúdo textual e gráfico, esses materiais devem conciliar representações pictóricas das instruções em saúde com pouca quantidade de texto. Contudo, frequentemente apresentam linguagem muito complexa, o que os torna ineficazes e excludentes. Quando bem elaborados, porém, são agentes de promoção de bem-estar e autonomia desses indivíduos.
Percepção visual na dislexia: avaliação de tipografias com o uso de “eye tracker”
A leitura é uma das ações indispensáveis para a vida em sociedade. Ler e escrever são capacidades que garantem ao indivíduo autonomia e o livre acesso à cultura e à informação. Esse processo de natureza complexa é dependente de vários fatores, como neurológicos, cognitivos, sensoriais, psicológicos, linguísticos, sociais, pedagógicos e também estéticos.
Design sem barreiras: discussão-ação em Design Gráfico Inclusivo
A discussão de temas como inclusão e acessibilidade tem crescido dentro da área do design nos últimos anos. A tendência é que se desenvolvam cada vez mais projetos centrados no usuário, levando em consideração a pluralidade humana e uma especial atenção aos que porventura sejam deficientes, incapacitados ou estejam em desvantagem por determinado contexto físico ou social. Para que tais mudanças tenham embasamentos sólidos e sejam cada vez mais positivas para a sociedade, é imprescindível a prática de pesquisa e investigação aplicadas às mais diversas áreas do design, inclusive a do design gráfico.
Design para pessoas: o caráter social e inclusivo do design gráfico por meio de experiências em pesquisa e projetos
Design. Inúmeras foram as páginas e bits dedicados para defini-lo. Na verdade, a multiplicidade de conceitos, palavras, áreas de atuação, metodologias e ferramentas refletem a pluralidade de possibilidades que o design oferece, não só na solução de problemas do dia a dia mas, também, na intervenção em questões relevantes na sociedade onde atua. Neste texto procuramos pensar – dentre as variadas disciplinas envolvidas no design gráfico, seu ensino e ação – sobre o papel do design como agente de inclusão no mais amplo sentido da palavra, seja esta social, cognitiva ou física. Um design que faz diferente e que faz diferença na vida das pessoas.
Analógicos x digitais: uma batalha sem vencedores. Estudos de casos do hibridismo na tipografia e fotografia
É inegável que todas as formas de comunicação estão em constantes transformações, sejam pelo dinamismo cultural, pela absorção de novos saberes, a partir de inventos tecnológicos etc. A criação imagética sempre foi um dos principais recursos humanos desenvolvidos para informar, registrar fatos, como também para resguardar uma mensagem do esquecimento inerentes ao tempo e espaço.
Dinâmicas e relações na pesquisa em design contemporâneo. Grupo de Pesquisa em Design Contemporâneo: sistemas, objetos e cultura
Sabemos que um dos pilares de uma universidade e da atuação docente em nível superior é a pesquisa. É a pesquisa que amplia e nutre as relações com o desenvolvimento do ensino, da formação e da extensão. Por sua vez, são as atividades de ensino e de extensão que nos desafiam no dia-a-dia da universidade e nos impelem à busca e ao aprofundamento na pesquisa, tendo em vista o acompanhamento, atualizações, ampliação e desenvolvimento na área do Design, especialmente, mas também por meio dos diálogos estabelecidos com as áreas correlatas ao design.
Ensino, pesquisa e extensão em design: conexões
As mídias estão cada vez mais integradas na transmissão de mensagens e informações. Assim, os projetos de design também se relacionam com as ações de comunicação mais abrangentes, tornando crescente a importância das relações multidisciplinares, da diversidade de ideias e variedade de soluções que o trabalho em equipe realiza. Esta tem sido a experiência que o Laboratório de Design Gráfico Inky Design vem proporcionando a professores e alunos do curso de Design da Unesp de Bauru e que registramos neste capítulo.
Marca comercial: simplificando para ampliar os significados
A ação dos olhos sobre uma imagem pode produzir no corpo humano diversas sensações as quais, aliadas ao sentido da visão, proporcionam planos sensoriais diferentes, como o tato, ao nos depararmos com a efígie de algo rugoso; a audição, quando um músico lê uma partitura; ou ainda a impressão de temperatura, como quando afirmamos que as cores são quentes ou frias. A essa confluência de sentidos dá-se o nome de sinestesia. Uma imagem produzida pelo homem, seja uma pintura, escultura – ou mesmo uma marca comercial –, se vale de alguns princípios de conformação visual para gerar emoções no observador. Uma marca é criada, projetada e divulgada intencionalmente com a função de sensibilizar o público. O símbolo construído será uma síntese plástica de qualidades e propósitos.