Fernanda Henriques
Adélia Borges, Doutora Honoris Causa, Design FAAC – UNESP, 2021: reconhecimento e valorização do design brasileiro
Este capítulo é singular em vários aspectos. Primeiro porque ele registra uma importante realização na história do curso de Design da UNESP e do Design Brasileiro. Segundo porque envolve várias comemorações registradas como a primeira vez que ocorrem no cenário da FAAC e no campo do Design Brasileiro. A autoria é coletiva, três cabeças pensantes e seis mãos, mas isso se dá de diferentes maneiras. A primeira parte, que é composta por três subtítulos, tem as palavras e a escrita das professoras Fernanda e Mônica. A segunda parte, os discursos, de autoria individual, traz, assim, a assinatura de cada uma das três autoras que compuseram o texto. Porém, a discussão de todos os textos foi permeada por intensa troca de ideias, de leituras, de sugestões, de integração e de inter-relações.
Tipografia inclusiva e linguagem simples: conteúdo textual em materiais gráficos para a saúde
Materiais gráficos inclusivos na área da saúde têm como objetivo educar e comunicar aos pacientes, de maneira simples e direta, sobre uma condição clínica ou tratamento. Compostos pela integração entre conteúdo textual e gráfico, esses materiais devem conciliar representações pictóricas das instruções em saúde com pouca quantidade de texto. Contudo, frequentemente apresentam linguagem muito complexa, o que os torna ineficazes e excludentes. Quando bem elaborados, porém, são agentes de promoção de bem-estar e autonomia desses indivíduos.
Percepção visual na dislexia: avaliação de tipografias com o uso de “eye tracker”
A leitura é uma das ações indispensáveis para a vida em sociedade. Ler e escrever são capacidades que garantem ao indivíduo autonomia e o livre acesso à cultura e à informação. Esse processo de natureza complexa é dependente de vários fatores, como neurológicos, cognitivos, sensoriais, psicológicos, linguísticos, sociais, pedagógicos e também estéticos.
Design sem barreiras: discussão-ação em Design Gráfico Inclusivo
A discussão de temas como inclusão e acessibilidade tem crescido dentro da área do design nos últimos anos. A tendência é que se desenvolvam cada vez mais projetos centrados no usuário, levando em consideração a pluralidade humana e uma especial atenção aos que porventura sejam deficientes, incapacitados ou estejam em desvantagem por determinado contexto físico ou social. Para que tais mudanças tenham embasamentos sólidos e sejam cada vez mais positivas para a sociedade, é imprescindível a prática de pesquisa e investigação aplicadas às mais diversas áreas do design, inclusive a do design gráfico.
Design para pessoas: o caráter social e inclusivo do design gráfico por meio de experiências em pesquisa e projetos
Design. Inúmeras foram as páginas e bits dedicados para defini-lo. Na verdade, a multiplicidade de conceitos, palavras, áreas de atuação, metodologias e ferramentas refletem a pluralidade de possibilidades que o design oferece, não só na solução de problemas do dia a dia mas, também, na intervenção em questões relevantes na sociedade onde atua. Neste texto procuramos pensar – dentre as variadas disciplinas envolvidas no design gráfico, seu ensino e ação – sobre o papel do design como agente de inclusão no mais amplo sentido da palavra, seja esta social, cognitiva ou física. Um design que faz diferente e que faz diferença na vida das pessoas.
Analógicos x digitais: uma batalha sem vencedores. Estudos de casos do hibridismo na tipografia e fotografia
É inegável que todas as formas de comunicação estão em constantes transformações, sejam pelo dinamismo cultural, pela absorção de novos saberes, a partir de inventos tecnológicos etc. A criação imagética sempre foi um dos principais recursos humanos desenvolvidos para informar, registrar fatos, como também para resguardar uma mensagem do esquecimento inerentes ao tempo e espaço.
Dinâmicas e relações na pesquisa em design contemporâneo. Grupo de Pesquisa em Design Contemporâneo: sistemas, objetos e cultura
Sabemos que um dos pilares de uma universidade e da atuação docente em nível superior é a pesquisa. É a pesquisa que amplia e nutre as relações com o desenvolvimento do ensino, da formação e da extensão. Por sua vez, são as atividades de ensino e de extensão que nos desafiam no dia-a-dia da universidade e nos impelem à busca e ao aprofundamento na pesquisa, tendo em vista o acompanhamento, atualizações, ampliação e desenvolvimento na área do Design, especialmente, mas também por meio dos diálogos estabelecidos com as áreas correlatas ao design.
Ensino, pesquisa e extensão em design: conexões
As mídias estão cada vez mais integradas na transmissão de mensagens e informações. Assim, os projetos de design também se relacionam com as ações de comunicação mais abrangentes, tornando crescente a importância das relações multidisciplinares, da diversidade de ideias e variedade de soluções que o trabalho em equipe realiza. Esta tem sido a experiência que o Laboratório de Design Gráfico Inky Design vem proporcionando a professores e alunos do curso de Design da Unesp de Bauru e que registramos neste capítulo.
Marca comercial: simplificando para ampliar os significados
A ação dos olhos sobre uma imagem pode produzir no corpo humano diversas sensações as quais, aliadas ao sentido da visão, proporcionam planos sensoriais diferentes, como o tato, ao nos depararmos com a efígie de algo rugoso; a audição, quando um músico lê uma partitura; ou ainda a impressão de temperatura, como quando afirmamos que as cores são quentes ou frias. A essa confluência de sentidos dá-se o nome de sinestesia. Uma imagem produzida pelo homem, seja uma pintura, escultura – ou mesmo uma marca comercial –, se vale de alguns princípios de conformação visual para gerar emoções no observador. Uma marca é criada, projetada e divulgada intencionalmente com a função de sensibilizar o público. O símbolo construído será uma síntese plástica de qualidades e propósitos.