Luis Carlos Paschoarelli
Covid-19 e o impacto no ensino superior de Design: comparação entre atividades presenciais e virtuais em disciplina de Projeto do curso de Design da UNESP-Bauru
O início deste Século XXI está sendo fortemente marcado pela COVID-19 (2019-nCoV), a qual atinge todos os países, em suas mais distintas comunidades. Trata-se de uma infecção respiratória aguda grave (SARS-CoV-2) causada pelo Coronavírus. A condição de pandemia foi declarada em 11 de março de 2020 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e no final do ano de 2020, a OMS contabilizou mais de 67.000.000 de casos e 1.500.000 mortes em todo o mundo (Organização Mundial da Saúde, 2020). Não há pleno consenso sobre a forma de transmissão desta doença, mas a observação clínica aponta que ela pode ocorrer pelo ar ou por contato pessoal, por meio de secreções contaminadas. Portanto, entre todas as medidas de proteção preconizadas pelas agências nacionais e internacionais de saúde, destaca-se a necessidade de distanciamento social, o que passou a influenciar expressivamente o modo de vida a partir de então. E entre as atividades de maior impacto, destacam-se aquelas relacionadas ao ensino, cujo agrupamento de pessoas – estudantes e docentes – que até então ocorria habitualmente no ambiente escolar, passou a ser evitado, se não proibido.
Funções do design, modelos e protótipos
O Design é uma atividade ampla, que consiste em observar e considerar demandas, criar artefatos ou sistemas, que serão produzidos, comercializados, utilizados e descartados. Mas tais artefatos e sistemas não são meras ferramentas úteis à sobrevivência do homem, pois “… não servem apenas para tornar o dia a dia mais fácil e confortável” (CSIKSEZENTMIHALY e ROCHBERG-HALTON, 1991).
Ferramentas metodológicas do design do século XX e suas tendências para o mercado atual
O Design, enquanto área projetual que se utiliza da criatividade, encontra fundamento em processos lógicos de tomadas de decisões, que são estruturadas em metodologias desenvolvidas ao longo dos anos, e com a finalidade de auxiliar no desenvolvimento dos produtos. O caráter multi e interdisciplinar do Design reflete-se nas metodologias projetuais com estruturas de desenvolvimento que englobam desde o conhecimento da problemática que se pretende solucionar, até especificações e definições técnicas dos produtos para a fase de produção industrial, tornando necessário, ao designer, caminhar por diversos campos do conhecimento científico.
A importância da dimensão subjetiva na avaliação dos produtos: contribuições para o Design
A compreensão do Design, enquanto objeto de estudo científico, se dá pela observação e análise da relação entre artefatos e usuários. Quando tais artefatos são produtos de uso cotidiano, esta relação pode ser analisada por diferentes dimensões. A dimensão subjetiva é aquela habitualmente mais discutida nos círculos do projeto, uma vez que parece não necessitar de evidências para ser confirmada.
Design, ergonomia e semântica
O presente texto contribui para uma reflexão acerca dos valores simbólicos e de uso de um produto, demonstrando a aplicação de uma ferramenta de pesquisa que pode contribuir de forma importante para a compreensão da relação homem-objeto: o Diferencial Semântico.
Design e deficiência: história, conceitos e perspectivas
O uso bem-sucedido de um produto depende essencialmente da adequação de sua interface tecnológica com as características físicas, cognitivas e funcionais do usuário. A partir de uma perspectiva ergonômica, a inadequação destes aspectos resulta em ruído na interação entre usuário e produto.
Design ergonômico e envelhecimento: demandas, estado da arte e investigações
Apesar de a grande maioria da população ser considerada “normal”, qualquer indivíduo pode se tornar à margem desses atributos, em uma ou mais funções orgânicas. Destacam-se, nesta condição, os indivíduos idosos, cujas capacidades cognitivas e motoras vão se tornando limitadas no decorrer do tempo.
Usabilidade e seus diferentes enfoques no design ergonômico
O modo de vida contemporâneo caracteriza-se por amplos e diversificados aspectos das relações sociais, os quais parecem estar intimamente relacionados às interfaces humano x tecnologia. Essas interfaces retratam a complexidade das estruturas ambientais e seus componentes, e se destacam pela efetiva interatividade entre usuários e artefatos (produtos, sistemas e informações).
Evolução, pesquisa, produção e reconhecimentos no âmbito do design ergonômico
Embora a evolução tecnológica observada no século XX tenha gerado inúmeros benefícios ao estilo de vida contemporâneo, esse desenvolvimento resultou também em atritos na relação usuário versus artefatos, especialmente nas denominadas interfaces de uso. O planejamento e projeto destas interfaces dependem da aplicação dos princípios e métodos da ergonomia e do design, cuja inter-relação caracteriza o “design ergonômico” como área de interesse científico, tecnológico e social.
Design de embalagem: uma experiência didática no ensino do projeto de produto
As sociedades contemporâneas podem ser caracterizadas pelos mais distintos e diversificados aspectos, mas as relações objetuais são aqueles que permitem compreender, com maior consistência, o modo como tais sociedades evoluíram e se organizaram. Desde a pré-história, o homem manipula, processa e acumula objetos, transformando elementos da natureza em produtos e sistemas tecnológicos, muitos dos quais apresentando os mais variados fins utilitários, estéticos e simbólicos. Mas com a modernidade e industrialização, os produtos passaram a exigir “complementação” física e informacional com o objetivo de protegê-los, transportá-los, comunicá-los, entre outros.