Palavra-chave: Linguagem
Tipografia inclusiva e linguagem simples: conteúdo textual em materiais gráficos para a saúde
Materiais gráficos inclusivos na área da saúde têm como objetivo educar e comunicar aos pacientes, de maneira simples e direta, sobre uma condição clínica ou tratamento. Compostos pela integração entre conteúdo textual e gráfico, esses materiais devem conciliar representações pictóricas das instruções em saúde com pouca quantidade de texto. Contudo, frequentemente apresentam linguagem muito complexa, o que os torna ineficazes e excludentes. Quando bem elaborados, porém, são agentes de promoção de bem-estar e autonomia desses indivíduos.
Projeto Wu: um estudo das poéticas do Design nas Linguagens Contemporâneas
Tecendo teorias e conceitos, o projeto manifesta a intenção de enriquecer o estudo das linguagens contemporâneas, prelúdio de uma nova maneira de encarar o sensível, o afeto, e o próprio Design. Híbrido, “Wu” é resultado de uma experiência imersiva a partir da perspectiva de quem o atualiza, sendo assim, permanece inacabado, desdobra-se dentro de seus próprios processos.
Design sonoro não é trilha
Este ensaio pretende demonstrar a diferença latente entre duas linguagens deveras expressivas: a trilha sonora e o design sonoro. Há entre elas um jogo de deslocamento de significados e também de estímulos absolutamente possível de ser descrito através de palavras. Consta certo apontamento histórico de alguns eventos que as caracterizam, como uma diacronia apenas figurativa. O corte sincrônico é o que esclarece praticamente tudo.
Design & desejo
Como quem quer desvelar paisagens inesperadas nas sínteses conjuntiva e disjuntiva do pensamento, neste ensaio pretende-se ativar uma relação inerente aos dois princípios: design e desejo. O design é em verdade a própria manifestação da existência objetiva do desejo. Ele o segue, o obedece, o apóia, não sobreviveria sem ele. A rigor, o mesmo processo de funcionamento: substancialmente produtivo, substancialmente produtivo e desejante.
Semiótica, subjetividade e complexidade: o paradigma complexo subjetivo aplicado às linguagens do Design
Dados os recentes indícios quanto a configuração da chamada realidade, explicitados por ciências como a física, a matemática, a biologia, e a filosofia, o presente texto busca traçar um panorama no momento histórico conhecido como contemporâneo sob a ótica do design e sua re-significação simbólica e cognitiva, recriando assim as relações do homem com suas linguagens, seu corpo e seu espaço, através de novas leituras subjetivas do campo do real. Este trabalho é parte de um estudo mais amplo acerca do assunto, que busca lançar luz sobre o modo de produção de objetos sensíveis, e tenta com isso gerar novas propostas e metodologias em design e as chamadas “novas tecnologias”.
Design de Composição: um modo de fazer design inspirado em Espinosa, Deleuze e Guattari
O que se pode dizer do Design: é um signo de multiplicidades e como tal expande-se às mais diversas atividades. Há na sua variedade de funções qualquer coisa extraordinária de uma estética de composição. Suas atividades não se limitam a uma área, uma habilitação, um estilo, uma data. Constituem apenas uma silhueta afeto-compositiva, um aumento da potência de agir das cores e dos sons de todas as formas de Design.
Uma nova forma de ler a escrita egípcia: Releitura de uma tábua de hieróglifos publicada em “Os Dragões do Éden” de Carl Sagan
Lançado em 1977, o clássico livro de Carl Sagan “Os dragões do Éden” deu ao seu autor em 1978 o prêmio Pulitzer de Literatura. Em um dos seus capítulos o livro trata sobre a invenção da escrita, onde o autor cita um mito extraído do Fedro de Platão, onde o deus Thoth é advertido pelo deus-rei Thames (Amon) a respeito da ineficácia da escrita para a percepção da realidade, que aqui reproduzo em parte: “Esta descoberta trará o esquecimento às almas dos discípulos porque não utilizarão suas memórias; confiarão nos caracteres escritos externos e não se recordarão por si mesmos. O método que você descobriu auxilia não a memória, mas a reminiscência. Você deu aos seus discípulos não a verdade, mas apenas o arremedo da verdade…” (Sagan, 1977, p.187)
Design.desígnio.desenho: o mapa das vizinhanças do desejo
Considerando que as chamadas tecnologias da inteligência passaram a figurar e compor a ferramenta projetual dos objetos de Design, pergunta-se, então, em que medida as alterações dos sistemas de produção implicam uma revisão nos sistemas de representação, derivando outra noção de projeto de objetos e signos, agora sensíveis e reagentes. Dentro desse novo campo de relações inaugurado pela cultura digital, sobretudo o da dimensão virtual da linguagem, convém questionar até que ponto os objetos se tornaram sensíveis pela aquisição do artifício digital ou, ao contrário, pela incorporação de novas lógicas.
Design sonoro
As vanguardas históricas são os ancestrais do design sonoro: o ranger das máquinas de produção em série, o eco oco das abóbadas celestes, a desautomatização dos hábitos e costumes, o coletivo, a fusão entre a arte e a vida, a utopia mesmo de elevar a vida apesar da industrialização. É como se o som ultrapassasse os limites que a imagem fixa e daí uma bela afinidade entre a imagem e o som desponta-se.